Pina Bausch foi uma coreógrafa, dançarina, pedagoga de dança e diretora da "Tanztheater Wuppertal - Alemanha".
Conhecida, principalmente, por contar histórias enquanto dança, suas coreografias eram baseadas nas experiências de vida dos bailarinos. Várias delas relacionadas a cidades de todo o mundo, já que a coreógrafa retirava de suas turnês ideias para seu trabalho. Um de seus temas recorrentes eram as interações entre as figuras masculinas e femininas.
Fiquei impressionada com a delicadeza e sensibilidade desse filme sobre ela.
Aborda de uma forma especial o seu trabalho: uma mistura de interpretação e dança, que transmite ao publico diversos sentimentos: alegria, dor, tristeza, amor…
É contada pelos próprios bailarinos que trabalharam com ela, cada um falando na sua língua natal e retratando de forma bem pessoal a convivência com a famosa coreógrafa e suas criações. Cada relato demonstra o quanto Pina conseguia tirar de seus bailarinos o melhor, com sutileza, assim como a dança, e quão querida era, apesar das poucas palavras. E cada bailarino falar na sua língua natal ("detalhe" extremamente importante no filme) reflete o respeito à diversidade existente na companhia de dança, não apenas a diversidade cultural mas diversidade de todos os tipos, inclusive relacionada à idade. Temos bailarinos de 20 a 60 anos e essa característica em um meio tão cruel, no qual as pessoas são descartáveis com a idade, nos mostra que a estética perfeita (se é que ela existe) é também diversa e, por isso, absolutamente bonita. Palmas para ela por derrubar preconceitos e sair do convencional acatado por todos.
Assinada pelo cineasta alemão Win Wenders, tem uma fotografia maravilhosa, a maior parte na linda cidade de Wuppertal, com o Schwebebahn (monotrilho suspenso) ao fundo, casando perfeitamente o cenário com a dança.
Ótimos efeitos 3D, valorizando ainda mais esse cenário.
Definitivamente, um filme feito para ser apreciado no cinema!
Texto: Carolina Brognaro e Carolina de Sá
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