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5.10.10

Museu da Memória e dos Direitos Humanos do Chile

Tive o prazer de visitar hoje o Museu da Memória e dos Direitos Humanos do Chile.
Amei o edifício, o espaço interno, os materiais utilizados, a luminosidade e a museografia (que me lembrou um pouco da interatividade do Jüdische Museum em Berlin - http://www.jmberlin.de/).
Procurando saber um pouco mais sobre o conceito e a concepção, achei esse site http://www.metalica.com.br/museu-da-memoria-e-dos-direitos-humanos-do-chile que fala bastante sobre o projeto.


Segue abaixo uma prévia (para ler na íntegra, acesse esse link):
"Como forma de lembrar as 30 mil vítimas da ditadura chilena (1973-1990) de Augusto Pinochet, nasceu a ideia de se construir o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, localizado em Santiago, no Chile. Inaugurado em 11 de janeiro de 2010 pela presidente chilena Michelle Bachelet, o edifício tem seis pavimentos (três de exposição, o pavimento térreo de entrada e dois subsolos) e foi construído em um terreno de 15 mil m2.
O projeto do Museu saiu de um concurso promovido em 2007 pelo Ministério de Obras Públicas do Chile. O vencedor foi o escritório brasileiro Estúdio América, composto pelos arquitetos Carlos Dias (angolano, radicado no Brasil), Lucas Fehr (brasileiro), Mário Figueroa (chileno, radicado no Brasil), contando, mais tarde, com a participação do chileno Roberto Ibieta como arquiteto associado.
O resultado dessa multietnia foi um edifício versátil e flexível, com vãos livres de 51 metros, apropriado para diversos tipos de exposições. Essas características foram possibilitadas pelo uso de vigas metálicas que sustentam as lajes dos pavimentos.
A obra se dá a partir do conceito da não linearidade, já que a memória é algo fragmentado. A ideia é que se permita liberdade de percursos aos visitantes do museu; que cada um registre o conteúdo em sua memória à sua maneira.
...
A escolha dos materiais não foi aleatória. A combinação vidro e cobre tem seu significado. O vidro, como já foi comentado anteriormente, traz o efeito de transparência. É a partir das paredes em vidros que o museu recebe a luminosidade: a ideia é trazer à luz o período obscuro da ditadura. Como forma de enfatizar este propósito, há no Museu o chamado “Velaton”: um espaço de onde é possível observar as fotos das vítimas da ditadura – anexadas em uma parede de 17 metros de pé direito – além de possibilitar a consulta dos nomes dessas a partir de um terminal de computador localizado no centro da sala.  O clima é realçado pela presença de luminárias em formato de velas em todo o contorno do espaço. A iluminação se dá por lâmpadas de fibra ótica e um dimmer que controla a intensidade da luz.
Além do vidro, o cobre e o aço marcam presença de modo diferencial. Sendo o Chile o maior produtor mundial de cobre, a escolha remete a história dos mineradores chilenos e da economia do país. O material cobre a fachada de vidro, como uma pele. Esta recebeu um tratamento com pátina verde que trouxe ao material um aspecto envelhecido. “A escolha das chapas perfuradas foi tomada para a proteção solar das fachadas, mas também com o intuito de permitir a vista da cidade de dentro do edifício e dar um ar de imaterialidade à barra de exposições quando vista do lado de fora”, evidencia o arquiteto."
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